terça-feira, 8 de abril de 2008

A xerox colorida de um clássico






Continuando....




Em cores ou em preto e branco...




A escolha é sua!






Muito Bem... estou de volta. Putz esse cara de novo não!

Tudo bem, eu confesso que estou passando da dose com esses textos, mas não consigo resistir.

Queria dar continuidade nas postagens falando agora um pouco sobre adaptação ou transmutação entre os meios. Como exemplo, obviamente cinéfilo que sou, um clássico do mestre do suspense não poderia ficar de fora do tema. Aquela musiquinha do Bernard Herrmann, aqueles efeitos sonoros (facadas , água da ducha, os gritos, a cortina do box) , aquela cena do chuveiro... aquele filme PSICOSE (PSYCHO).

Um filme de Alfred Hitchcock, com roteiro de Joseph Stephano, que foi "baseado" no livro de Robert Bloch, produzido pela Paramount Pictures, fotografado por John L. Russell, direção de arte de Joseph Hurley e Robert Clatwothy e com a música arrepiante e genial de Herrmann. Ainda estrelado por Anthony Perkins (Norman Bates); Vera Miles (Lila Crane); Martin Balsam ( Detetive Arbogast); John Gavin ( Sam Loomis); e Janet Leigh ( Marion Crane), a mocinha da fita que é assassinada na metade do filme. Bom , este é o Psicose, lançado em 1960 e esta é a equipe (cast and filmakers!). Um celuloide de 109 min. em preto e branco. Na estória, uma jovem secretária rouba dinheiro (U$ 400. 000) de sua empresa, fugindo com ele, perde-se na estrada e hospeda-se em um Motel de beira de estrada de nome Bates. Lá é misteriosamente assassinada enquanto relachava e tomava uma ducha. No dia seguinte, um detetive particular, a irmã da jovem e o amante com quem se encontrava as escondidas em motéis, procuram-na.

Anos depois...

PSICOSE, um filme de Gus Van Sant, com roteiro de Joseph Stephano, que fora "baseado" no livro de Robert Bloch, produzido pela Universal/ Imagine Entertainment/ Brian Grazer, fotografado por Christopher Doyle, direção de arte de Tom Folden e com a música arrepiante e genial de Hermann, agora remixada ou "readaptada por Danny Elfman. E ainda estrelado por Vince Vaugham( Norman Bates); Julianne Moore ( Lila Crane); William H. Macy ( Det. Arbogast); Viggo Mortensen ( Sam Loomis); e Anne Heche como Marion Crane, a mocinha da fita que é assassinada na metade do filme . Bom este é o Psicose, lançado em 1998 e esta é a equipe (cast and filmakers!). Um celuloide de 109 min. à cores. Na estória, uma jovem secretária rouba dinheiro (U$ 400. 000) de sua empresa, fugindo com ele, perde-se na estrada e hospeda-se em um Motel de beira de estrada de nome Bates. Lá é misteriosamente assassinada enquanto relachava e tomava uma ducha. No dia seguinte, um detetive particular, a irmã da jovem e o amante com quem se encontrava as escondidas em motéis, procuram-na.

Sentiram a diferença?

Depois do "original" de 1960 seguiram-se as fôrmas, sempre estreladas por Anthony Perkins. Em 1983, Psicose 2; em 1986, dirigido por Perkins, Psicose 3 e, em 1990, um telefilme ; Psicose 4 - A Revelação, com Perkins e Henry Thomas ( lembram daquele garotinho do E.T. ?), como Normam Bates jovem, e Olivia Hussey como a mãe. Deu origem também a uma série de TV, de curta duração chamada Bates Motel (1987). Quer dizer, depois de ter saído inicialmente da cabeça de Robert Bloch e bem elaborada por Hitchcock, este romance acabou sendo totalmente maximizado entre os meios. Agora, eu ainda estava tentando entender,como um remake pode ser considerado original, ainda mais se tratando do Psicose de 98 que é literalmente uma cópia assumida do primeiro. Por outro lado, Gus Van Sant é uma pessoa e Alfred Hitchcock é outra. O normam Bates continua sendo um psicopata em ambos os filmes, no entanto, tem muito do Gus no novo Normam. Para quem conhece seu trabalho em filmes como: Gênio Indomável , Encontrando Forrester , To die For com a Nicole Kidman e o famoso Garotos de programa, com Keanu Reeves e River Phoenix, sabem que Gus Van Sant, tem o seu estilo e as suas tomadas e a sua direção. Homossexual assumido, Van Sant, explora este elo no personagem principal. As roupas que ele usa no filme de 98, que se passa exatamente em 1998. O modo como ele fala e como sobe as escadas que nem uma gazela, é muito engraçado e pessoal, eu diria, proposital. O tipo de direção dado ao novo ator, como Normam Bates é disjuntivo. Consequentemente, há pontos idênticos em ambos, como o uso do mesmo roteiro, tomadas e enquadramnetos.Tendo como diferença, épocas diferentes. Mas os fatos acontecem na mesma linha. Ha pequenas diferenças sutis, inclusive na cena do chuveiro. A demais, os gritos de ambas as atrizes são diferentes, e no filme de Van Sant, é mais explícita a violência. Um artifício que mostra como Hitchcock era uma gênio. Ele poderia rodar o filme à cores, mas optou em rodá-lo em preto e branco,usando calda de chocolate para o sangue, enquanto o Van Sant, groselha mesmo...

Rodrigo Mendes

Fotos: Psicose 1960:http://www.gp1.com.br/materia.asp?notcod=3087

Psicose 1998: http://cinema.yahoo.com.br/filme/3200


Um comentário:

Márcio disse...

Belo texto. Tá bombando nos blogs, né?
Mas não sou TIO, oK? rs

Márcio Rodrigo