segunda-feira, 21 de abril de 2008

TECLANDO COM O PRÓPRIO OCEANO - CAPÍTULO FINAL



Uma blogviagem de Rodrigo Mendes
continuando...
FINAL: Sobre os infortúnios e desgraças que ocorreram com Boris...

Na manhã seguinte, Boris havia terminado de construir seu mundo na tela do computador. Pensou em vender sua idéia a grandes corporações, que adotariam o programa e transformaria Boris em um novo Bill Gates. Imaginem, a possibilidade de viver em um paraíso? Tirar umas férias de trabalho conectado a um cabo de seu computador, sem sair de casa evitando gastar muito dinheiro. Era só comprar, neste caso fazer um bom negócio de uma só vez pagando caro, pelo programa Boris Paradise. Um lugar completo com tudo que você já desejou. Se era impossível conhecer as prais do Caribe, seus problemas acabaram, porque no Boris Paradise, há uma seleção de qualquer parte do mundo e um espaço que te ensina a criar seu próprio universo. Imaginem poder viajer até Plutão ou Saturno, segundo a sua interpretação de como seria.

Ele terminou , mas não tinha lábio suficiente em tornar comum a sua idéia. Então resolveu testar ele próprio, como todo cientista que injeta sua própria vacina em si. Afinal não tinha muitas cobaias em seu quarto minúsculo, a não ser Doris, que não passava de uma "simples" máquina, não serviria. Então ligou o programa, conectou um cabo com uma espécie de visor virtual em sua pcu, colocou os óculos e entrou no paraíso. Ele, se emocionaou ao ver um oceano tão belo, com lindas gaivotas voando em direção do pôr-do sol. De longe, avista a sua casa na praia, sendo iluminada por uma cor alaranjada numa tarde magnífica. Procurou Doris e não a encontrou em lugar nenhum. Estava sozinho. Adormecido em seu quarto e entorpecido em seu mundinho, não percebeu que Doris estava brincando de esconde-esconde. Ao sair na varanda de sua bela casa viu uma moça, admirando as ondas que tocavam a areia macia de sua praia. Já estava anoitecendo, e Boris foi se aproximando da misteriosa moça. "Era tudo com que eu havia sonhado, te ver aqui linda admirando o mar..." disse, admirando -a. " Desculpe eu não te conheço meu jovem. Quem é você?" Pasmo, Boris não entendeu e retrucou o seu nome. Ela, continuava a dizer que não o conhecia. Uma mentira estapafúrdia, na qual, o pobre garoto, não compreendera muito bem. Ela se afastou dele e da beira do mar e foi embora, sumindo na escuridão da praia. Perplexo e confuso, Boris resolveu acordar. Voltou a si no mundo real e deu um download que lhe permitiu fazer o sol nascer. Assim o dia veio, as ondas chegavam com mais velocidade na praia e o azul do mar estava tão azul quanto o céu num dia claro em pleno verão. "Mas onde está a Doris"? perguntou. Resolveu caminhar por toda a praia, afim de encontrá-la e dizer que a amava. Ele planejou em dizer isto a ela, desde o dia de seu último aniverssário, mas agora iria dizer a uma bela jovem que esbanjava sensualidade. Não a encontrou, já estava preso e sozinho em seu mundo.
Não muito longe dali, diante à tela do computador, o corpo do rapaz se encontrava inerte. Não podia nem se quer mover um dedo e estava para às moscas como qualquer cadáver. Doris, satisfeita aguçava a esperança em Boris de encontra-la na utopia criada por ele. A praia continuava radiante, no entanto, seu quarto estava infecto por um odor terrível de carne podre. Uma carne humana. Era Boris. Mal sabia ele, que tinha sido morto com suas idéias e guardara para si seu amor por Doris, que para ele já estava distante a imagem de uma máquina. Sem piedade, Doris continuou com o serviço de deixar para sempre seu senhor procurando-a na desolada praia.
Cançado, Boris sentou-se numa pedra, e admirava a polonese, as ondas que batiam sobre a pedra, um verdadeiro paraíso diante dos seus olhos. Continuou com a busca, mas sem sucesso. Estava perdido, não conseguia avistar mais a casa da praia e já estava anoitecendo. No escuro avistou uma jovem de vestido vermelho. Era Doris, que correu dele. Num piscar de olhos, como por encanto, a moça sumiu novamente. Então ele deitou-se na areia, enquanto olhava para a lua cheia, que iluminava seu corpo deitado na areia, e somente seu corpo. Como se um ator esteve em cena, no palco recitando um monólogo, com a platéia no escuro e a luz do teatro apontando apenas para ele. Um ponto forte de luz em um único lugar. Quando estava quase adormecendo, Boris ouvira sons aterrorizantes ao fundo da praia. Os barulhos foram se transformando em risadas insolentes que muito lembrava a Doris. Ele levantou e foi em busca desses sons, mesmo com muito medo e receio de que alguém, à espreita lhe apunhala-se pelas costas. Ela continuava a se esguerar por ali, no escuro, estava um breu. Era a vez do vento fazer barulho, de brisas à ventanias congelantes. Começou a fazer muito frio, Boris sem sobretudo, porque amanheceu o dia em pleno calor, e agora perdido, estava pela noite no frio, tremia sem parar, até que as risadas cessaram-se e apenas o ranger de dentes de Boris, era o efeito em primeiro plano. Ele enconstou-se em algum lugar, que não conseguiu identificar devido a escuridão. Minutos depois seu ranger de dentes, ficou em BG e as risadas voltaram. Estava cada vez mais próximo a ele. " É você Doris?"perguntou apavorado. Ninguém respondeu e novamente as risdadas pararam.
Ao amanhecer, Boris continuou determinado em sua busca por Doris. Chegou até a praia e avistou o oceano novamente, calmo e simplesmente azul. Passou um flash em sua memória que era a primeira vez desde anteontem, que ele tinha visto o oceano de perto. Mentira, ele nunca na vida conheceu o oceano. Ele nem ao menos esteve lá antes. Agora é tarde, nunca vai conhecer mesmo. E nem a Doris estava a seu lado para admirar as lindas gaivotas, o Pôr-do -sol, que anunciava a próxima noite e o imenso oceano, com a maré bem forte, batendo sobre seus pés. Só era ele o vazio e o próprio oceano.

FIM




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4 comentários:

**Rita Lima** disse...

olha... Rô... Na boa... Eu tava tão ansiosa pra que a história terminasse... E agora que acabou, não sei nem o que comentar mais... Agora só ficamos eu e o oceano... Olhando um pra cara do outro, sem saber o que fazer.... A história terminou, enfim... rsss

Desculpa... Mas não dá pra comentar... rsssss

Rodrigo Mendes disse...

Que bom que você não soube o que comentar...afinal já comentou
Eu queria causar essa desorientação ao leitor, como o Bóris diante de sua amada tecnologia.

quem não fica assim quando olha pro oceano...

Jessica Salomão disse...

[:o]

tadinhoooooooooooooooooooooooooo


buaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa


corto relações apartir de agora com meu pc

Oo

e nada de fazer jogo sujo viu dono pc

pode imprimir direitinho e a net funcionar, mas não sou mais sua amiga

buaaaaa

nao quero ter o mesmo fim de Boris

é

ministério da saúde adverte, horas em frente ao computador faz mal a saúde, e a situação piora se isso ocorre de madrugada.

Oo

Jessica Salomão disse...
Este comentário foi removido pelo autor.