quinta-feira, 17 de abril de 2008

TECLANDO COM O PRÓPRIO OCEANO - PARTE I

Era uma vez...
Uma blogviagem de Rodrigo Mendes
Parte I : Sobre como Boris ficara encantado diante da tecnologia...
Em seu último aniverssário, Boris, um garoto solitário com seus novos 16 anos, em plena força da juventude, ganhara um computador completo com tudo que antes ele nunca havia visto. Pouco sabia da existência das extensões, mal conhecia a teoria de hibridismos e dialogismos e tão pouco sentia-se que poderia transmutar sobre tudo que vê e sente. Ao menos ficou fascinado com seu novo brinquedo. E só. Começou a fuçar em tudo. No começo catava milho no teclado, mas aos poucos, foi pegando o jeito. Navegava diariamente na internet, conhecia sobre o mundo naquele painel digital e como "de grão em grão a galinha enche o papo" , o importante foi ser constante, não mais catava milho no teclado, aprendera os segredos e vontades de seu brinquedo. Doía nele tudo que sua máquina sentimental sentia. Sim! Ele e sua máquina estavam cada vez mais hibridizados um com o outro. Mantinha conversas com ela, se comunicava através de seus sentidos, sua força, exercida através de suas extensões, porque parte dele, estava nela. Pensava, o infeliz pobre coitado, que sabia se virar no mundo, que ir até a padaria e comprar alguns pães, era moleza. Praticamente, Boris se esqueceu de fazer essas coisas.
Um dia, mais uma vez diante de sua Apple Macintosh Flatron L177ws LCD, Boris imaginou como seria se o mundo fosse "colocado" na capacidade de seu pc. - Como é que seria? perguntou ele. Começou então a montar um esquema de como realizar esta façanha. Ao invés de fazer um esboço , uma planta de seu mundinho imaginário em um pedaço de papel, optou por fazer tudo isto num programa que ele já havia desenvolvido, que ele batizou de: Boris, Doris Space Ideas. Daí começou a planejar, os muros em volta, a calçada da rua, as casas, os edifícios, as garagens dos carros, os pontos de ônibus, a faixa de pedestres, as pessoas atravessando, o guarda de trânsito advertendo, o tráfego dos automóveis, as paisagens dos parques, o nome das ruas e avenidas, a parte sonora da poluição da metrópole, os poucos pássaros cantando pela manhã, os pombos cagando nas praças, a velhinha jogando pedacinhos de pão aos pombos, a moça gostosa de salto alto chamando a atenção dos vagabundos sentados na rodinha de baralhos e cervejas, o motorista em dia de fúria gritando: "Tira essa lata velha do caminho seu filho da puta" , o sinal da escola anunciando a saída das crianças; desenvolveu também as cidades litorâneas tanto sua cenografia como sua paisagem sonora ; os poucos carros e pedestres nas ruas pacatas, o som dos pneus nos paralelepipedos, a brisa incessante em todo lugar e por fim a praia, as gaivotas, as ondas e o oceano...
Continua...

3 comentários:

Amanda disse...

É ótimo saber que, no geral, a opinião do jovem vem sendo valorizada e não estereotipada como algo improdutivo.
É gratificante também saber que nossos esforços para promover o blog não têm sido em vão.
Eu, como membro do JM, agradeço pelo comentário e o JM espera que aquele e esse sejam os primeiros de muitos para trocarmos idéias.

**Rita Lima** disse...

Rodrigo... Na boa... Eu leria o post muito mais rápido se, ao ver o título, eu não tivesse uma crise de risos tão grande que me faria apertar o OFF do laptop, sem querer! Rsssss..... Enfim... 'Xá pra lá...

Olha... Não consigo teorizar ao quê, exatamente, esse seu post me remete... Nossa... É uma "parábola" que explica tanta coisa ao mesmo tempo... Básica e obviamente, acho que cada um que lê pode se identificar com o Bóris... Aquela coisa de, "se acontecer alguma coisa com meu computador - celular - i-pod - controle remoto - vibrador - microondas e afins, eu tô fudido!".... Mas existe um outro lado da "coisa" também... Que eu até te contaria pessoalmente, se não fosse mais legal escrever aqui, do outro lado da tela, onde tudo é mais seguro... rssss... Mas deixo o resto do comentário para quando eu ler a outra parte do post... É uma troca justa, não?!

Tô ansiosa pra ler o resto, tá??!!

Jessica Salomão disse...

Oo

Eu tinha medo do pc quando ganhei
kkkkkkkkk

nem na net eu entrava, só mexia no word, e brincava no paciencia, haja paciencia mesmo

rs

agora, ixi, quando o pc fica doentinho eu tbm fico, parece q vou morrer
tá, to exagerando um pouquinho, mas isso causa dependencia

Oo


lerei os proximos

:)

antes tarde do q nunca, ne?