segunda-feira, 28 de abril de 2008

UMA NOITE COM DEUSES E MONSTROS

Continuando...


A Universal Pictures apresenta:


































Era sábado para domingo e exatamente à meia noite eu comecei a videar a minha coleção "Universal Studios Home of the original Monsters" e no intervalo de cada filme eu assistia a um documentário que continha no extra do DVD. Eles narravam a façanha da realização destes filmes com entrevistas de especialistas e artistas. O mais interessante é como as adaptações tem seu estilo próprio e o primeiro exemplo da minha lista de filmes que compõe a minha coleção é Frankenstein , a primeira versão de 1931. Tudo começou com a escritora Mary Shelley que escreveu o livro em 1816 e a partir daí uma sucessão de filmes que seguiram-se depois de sua idéia, são alguns deles;Frankenstein (2004), Frankenstein de Mary Shelley e Frankenstein - O Terror das Trevas. Obviamente o primeiro filme dirigido por James Whale gerou uma fabulosa sequência em 1935 que é considerada a melhor continuação de filmes já realizadas. Nele tudo é muito pessoal e apenas a autora, criadora do verdadeiro monstro é pouco reconhecida, ao menos ela é interpretada no começo do filme por Elsa Lanchester que também interpreta a noiva do mosntro, idéia esta, desenvolvida por Whale. Porque quem conhece a saga de vida deste diretor , vai passar uma noite com ele assistindo A Noiva de Frankenstein. O filme mais impressionante da minha coleção e que se trata de uma continuação, melhor que o original, isto que me impressiona! Por exemplo, julgando a direção de arte de
Charles D. Hall e a fotografia de John J. Mescall, truques expressionistas, iluminação artificial diferente de tudo que eu vi antes e uma bela pintura do céu e sem contar o modo como as tumbas "rolam" em ângulos estranhos, na cena em que o monstro vivido pelo mestre da caracterização Boris Karloff, caminha sobre o cemitério à noite, fugindo de seus perseguidores. E sem contar na maravilhosa trilha musical composta por Franz Waxman. Uma obra prima.

Frankenstein é sem dúvida a estória fantastástica que mais sobreviveu durante anos, mesmo que segundo Karloff que interpretou o monstro uma última vez em O Filho de Frankenstein, porque achava que a linha dramática ficou exaurida, o personagem apareceu em diversos filmes, e dividindo a tela com outros monstros famosos da Universal e nos anos seguintes em novas adaptações e paródias. A biografia contando a saga das filmagens de A noiva de Frankenstein e dos últimos dias do novo criador do monstro, o diretor Whale, esta presente no filme de Bill Condon, Deuses e Monstros, um filme sério e biográfico. Por outro lado cineastas como Mel Brooks, fazem o público rolar de rir e Brooks tem a fórmula certa em O jovem Frankenstein, um filme-pastelão que eu dispenso comentários, assistam e riam. Ele fez a mesma coisa com o Drácula, vivido por Leslie Nielsen. E não para por aí a noiva do clássico e solitário monstro é citada em Noiva de Chucky, A, o quarto filme da saga do famoso boneco assassino que usa a linha dramática de A noiva de Franskenstein e a sequência que nínguém acreditaria que funcionaria, nem mesmo o diretor Whale, virou referência para muitos realizadores. Há uma refilmagem de 1985 de nome A Prometida.


Além do monstro criado pelo cientista louco Frankenstein, que profana túmulos e rouba cadáveres, ressussitando-os, espera aí, será que o criador dos Zumbis mortos-vivos George Romero usou deste artifício? Bom, de todos os monstros da casa que os criou, a Universal tem o orgulho de apresentar também " O Lobisomem" - The Wolf Man, outro personagem tirado dos antigos folclores europeus, ganhou a fôrma certa pelo roteirista, sobrevivente da Alemanha Nazista Curt Siodmak que pode se orgulhar por ter criado "o lobisomem" que todos se familiarizam mais. No extra do DVD o documentário é narrado pelo diretor do cult Um Lobisomem Americano em Londres, John Landis, que conta as suas influências que o filme lhe causou, por curiosidade, eu também tenho o próprio filme de Landis, e no extra do DVD tem outro documentário que indaga o filme de 1941 que o influenciou. Detalhes como a estrela de cinco pontos, a maldição do homem-lobo e até uma hibridização com filmes de zumbis, na versão lobisomem de Landis, o amigo morto pelo lobo na noite do ataque, aparecia para o protagonista que sobreviveu e na próxima lua cheia sofrerá a metamorfose, lhe aconselhando; " Tire a sua vida David, Mate-se, antes que você mate outros!" Os efeitos especiais de maquiagem , neste filme, são tão bons que ganharam até o Oscar na categoria. A transformação em fera, era ao vivo diante à câmera e fazia o público sentir a dor do processo de licantropia. Toda essa façanha no campo da maquiagem foi criada pelo famoso maquiador e vencedor do Oscar, Rick Baker, adorador principalmente do Lobisomem de 41 e apaixonado pelo cara que maquiou os monstros originais que hoje já descansa em paz em seu túmulo, Jack P. Pierce, o mestre no reino das maquiagens. Curiosamente, o filme de 41 ganhará uma nova versão por Joe Johnston com mesmo título The Wolf Man.


E o que falar do príncipe sugador de sangue? Para isso eu teria que começar pelo autor que o criou Bram Stoker , ou melhor que deu a cara do vampiro que hoje todos conhecem. E não mencionar Bela Lugosi que deu vida ao personagem com aquele sutaque húngaro, seria estupidez da minha parte. Apenas Gary Oldman, foi o único ator depois de Lugosi, que realmente caracterizou muito bem o príncipe das trevas. A lista de filmes do Drácula é muito longa vou listar alguns de minha preferência; Drácula (1931) , Drácula (1979) , Drácula 2000 , Drácula de Bram Stoker ,Drácula no Mundo da Minissaia e Drácula, o Perfil do Diabo. O original de 31, com Lugosi, gerou na cronologia apenas uma sequência A Filha de Drácula. No entanto, o homem-morcego, divide a tela em filmes engraçados com Franskenstein e o Lobisomem, em sucessivos filmes. Os que eu mais gosto são; Frankenstein Meets the Wolf Man, neste aqui Lugosi encarnando o monstro, papel iniciado pelo seu rival, karloff, de Drácula à monstro, muito interessante e Bud Abbott Lou Costello Meet Frankenstein, aqui como o Conde Drácula. Ao fim da carreira, Lugosi se uniu ao "pior", para mim, melhor diretor de todos os tempos Edward D. Wood Jr (Ed Wood). Aparecendo como ator uma última vez até a metade da fita de Plano 9 vindo do espaço, Plan 9 from Outer Space. Porque morreu no meio das filmagens, sendo substituído por um ator de perfil parecido, que cobre o rosto.
Outro monstro, ou criatura, surgiu nos anos 50 pela universal e também se transformou em um sucesso. Das profundezas do rio Amazonas, emerge o monstro da lagoa negra. O filme de 1954 Monstro da Lagoa Negra, O, dirigido por Jack Arnold, foi o início da trilogia que esmagou filmes nas bilheterias, naquele ano. As sequências foram, A Revanche do Monstro Revenge of the Creature e The Creature Walks Among Us. O campeão de natação Ricou Browning, vestiu o figurino escamoso nas cenas de baixo d´água, nos três filmes. Muitos críticos e cineastas consideram o melhor filme de monstros da era de ouro da Universal e o primeiro filme da trilogia, trazia a versão em 3D, com aqueles óculos especiais, com visores vermelhos e azuis e cada vez que o monstro aparecia era um pulo imediato na poltrona.
Foi uma noite incrível na compania desses monstros, cadáveres, lobisomens, vampiros e elos perdidos da natureza. Passar uma estada nos estúdios da Universal, foi o mesmo que estar de férias nas praias do caribe à noite, sobre as estrelas, mas ao invés de ficar teclando com o oceano, nada melhor que fazer uma pipoquinha, sentar no sofá e curtir a atração principal, mostrada em preto e branco, mas a impressão que fica é que eles estão mais vivos do que nunca. Sim, graças as extensões que começou no cinema, foi para vídeo-cassete (VHS) e agora em DVD, perpetua a disponibilidade e o apelo é duradouro e ultrapassa gerações. Sim Dr. Frankenstein "ELES ESTÃO VIVOS, VIVOS!!"
Rodrigo Mendes

terça-feira, 22 de abril de 2008

UNIVERSO ALMODÓVAR




































































Continuando...
As cores vivas, as personagens kitsch, a sexualidade explodindo na tela, o universo de um cineasta nada mais espanhol, latino, o grande representante de seu país sufocado por décadas pela ditadura de Franco. Após a queda do ditador e da chamada"La Movida",através da sétima arte , ele pôde aflorar a sua loucura e a de seu povo. O brega, o berrante , tudo aquilo que é atrevido e undergraund, compõe a filmografia de Pedro Almodóvar, natural da Espanha, nascido em 1949 em La Mancha (algumas fontes dão seu nascimento como 1951). Sua filmografia é composta por filmes nem um pouco "comuns" do que se espera. Tudo pode acontecer em suas estórias complexas e malucas e geralmente , elas acontecem. Um médico-cirurgião, que descobre que a filha foi violentamente estuprada por um travesti, o sequestra e realiza uma operação de mudança de sexo, ou seja, é mais ou menos assim a trama de suas películas. São eles:
Volver, Má educação (La mala educación), Fale com ela (Habla con ella), Tudo sobre minha mãe (Todo Sobre Mi Madre) Carne trêmula (Carne Trémula), A flor do meu segredo (La Flor de Mi Secreto), Kika, De salto alto (Tacones Lejanos), Ata-me! (¡Átame!), Mulheres à beira de um ataque de nervos (Mujeres Al Borde De Un Ataque de Nervios), A lei do desejo (La Ley Del Deseo), Matador, Que fiz eu para merecer isto? (¿Qué he hecho yo para merecer esto?!!), Maus hábitos (Entre Tinieblas), Labirinto de paixões (Laberinto de Passiones), Pepi, Luci, Bom y otras chicas del montón, Folle,Folle,Fólleme Tim! (curta-metragem), Salomé (Média-Metragem), Sexo va, sexo viene (curta-metragem), Muerte en la carretera (curta-metragem), Sea cariativo (curta-metragem), Blancor (curta-metragem), La caída de Sodoma (curta-metragem),Homenaje (curta-metragem), El Sueño, o la estrella (curta-metragem), Dos putas, o historia de amor que termina en boda (curta-metragem) e seu primeiro filme intitulado, Filme político (Film Político), um curta metragem. Além de diretor de cinema, produtor, ator e roteirista, escreveu um livro, em 1982, Fogo nas Entranhas ( Fuego en las Entrañas), escrito no formato Pulp Fiction , isto é, aqueles livros baratos com estórias que ficam com a impressão de que foram tiradas da boca do lixo, uma literatura undergraund para um certo público alvo, ou melhor, leitores do gênero. Mesmo apresentando uma deficiência na literatura, como dizem, Almodóvar cria tramas paralelas no seu melhor estilo, ao mesmo tempo sensível e piegas,quanto "punk", segundo o que eu acho.
Em seu universo, pode-se notar diversas transmutações como por exemplo, no seu filme premiado com o Oscar em 1999, o grande sucesso, Tudo Sobre Minha Mãe, baseado em A malvada ( All About Eve), filme de 1950 dirigido por Joseph L. Mankiewicz e estrelado por Bette Davis, Anne Baxter e Marilyn Monroe. Além de outros clássicos do cinema como Uma rua chamada pecado, do diretor Elia Kazan e estrelado por Vivien Leigh e Marlon Brando, que por sua vez foi uma adaptação da peça Um Bonde Chamado Desejo, do dramaturgo Tennesee Williams. No filme há um casamento híbrido entre o filme de Mankiewicz e a peça de Williams, segundo o filme de Kasan. No enredo de Almodóvar, uma enfermeira perde seu filho adolescente , aspirante a escritor que fazia aniverssário, em um grave acidente de automóvel, quando o rapaz que estava com a mãe na saída do teatro, que exibia Um bonde chamado desejo estrelado pela atriz Huma Rojo, na qual o rapaz esperava por um autógrafo seu e ao correr atrás do táxi que levava a estrela, fora atropelado. Abalada, a mãe vai procurar o pai que agora é um travesti aidético, conhecida como Lola que ainda engravidou uma bondosa e jovem enfermeira que passa a ser sua "protegida". Em meio a tudo isto, e ainda afim de encontrar Lola, ela torna-se amiga e assistente de uma atriz lésbica, a própria Huma Rojo. Nesta parte, Almodóvar faz a sua versão de A Malvada, tanto que o título original do filme é All About Eve, ou seja, Tudo Sobre Eve e assim ele intitula seu filme: Todo Sobre Mi Madre. Sensacional.
O que mais me chama atenção em toda a sua obra é que ele não tem medo de usar o que tem de mais melodramático e cômico, artifícios usados, principalmente em Tudo sobre Minha Mãe, passando de comédia à tragédia praticamente na mesma cena, sem medo de parecer forçado.
Também é costume seu o apelo sexual, as fortes cenas de nudez, que andou diminuindo um pouco nos últimos filmes, exceto em Má Educação, que acentuava cenas de homossexualismo explícito e mais uma vez , a sua crítica a Igreja Católica, causando polêmica. Mas como diria Pedro, "Quando se coloca o genital nas coisas tudo fica muito pessoal", é difícil controlar essa criatura que parece ter saído de um bordel sem paredes e faz o seu espetáculo a pão, circo, sexo e muito vinho. E tudo isto em mais un film de Almodóvar
Rodrigo Mendes

segunda-feira, 21 de abril de 2008

TECLANDO COM O PRÓPRIO OCEANO - CAPÍTULO FINAL



Uma blogviagem de Rodrigo Mendes
continuando...
FINAL: Sobre os infortúnios e desgraças que ocorreram com Boris...

Na manhã seguinte, Boris havia terminado de construir seu mundo na tela do computador. Pensou em vender sua idéia a grandes corporações, que adotariam o programa e transformaria Boris em um novo Bill Gates. Imaginem, a possibilidade de viver em um paraíso? Tirar umas férias de trabalho conectado a um cabo de seu computador, sem sair de casa evitando gastar muito dinheiro. Era só comprar, neste caso fazer um bom negócio de uma só vez pagando caro, pelo programa Boris Paradise. Um lugar completo com tudo que você já desejou. Se era impossível conhecer as prais do Caribe, seus problemas acabaram, porque no Boris Paradise, há uma seleção de qualquer parte do mundo e um espaço que te ensina a criar seu próprio universo. Imaginem poder viajer até Plutão ou Saturno, segundo a sua interpretação de como seria.

Ele terminou , mas não tinha lábio suficiente em tornar comum a sua idéia. Então resolveu testar ele próprio, como todo cientista que injeta sua própria vacina em si. Afinal não tinha muitas cobaias em seu quarto minúsculo, a não ser Doris, que não passava de uma "simples" máquina, não serviria. Então ligou o programa, conectou um cabo com uma espécie de visor virtual em sua pcu, colocou os óculos e entrou no paraíso. Ele, se emocionaou ao ver um oceano tão belo, com lindas gaivotas voando em direção do pôr-do sol. De longe, avista a sua casa na praia, sendo iluminada por uma cor alaranjada numa tarde magnífica. Procurou Doris e não a encontrou em lugar nenhum. Estava sozinho. Adormecido em seu quarto e entorpecido em seu mundinho, não percebeu que Doris estava brincando de esconde-esconde. Ao sair na varanda de sua bela casa viu uma moça, admirando as ondas que tocavam a areia macia de sua praia. Já estava anoitecendo, e Boris foi se aproximando da misteriosa moça. "Era tudo com que eu havia sonhado, te ver aqui linda admirando o mar..." disse, admirando -a. " Desculpe eu não te conheço meu jovem. Quem é você?" Pasmo, Boris não entendeu e retrucou o seu nome. Ela, continuava a dizer que não o conhecia. Uma mentira estapafúrdia, na qual, o pobre garoto, não compreendera muito bem. Ela se afastou dele e da beira do mar e foi embora, sumindo na escuridão da praia. Perplexo e confuso, Boris resolveu acordar. Voltou a si no mundo real e deu um download que lhe permitiu fazer o sol nascer. Assim o dia veio, as ondas chegavam com mais velocidade na praia e o azul do mar estava tão azul quanto o céu num dia claro em pleno verão. "Mas onde está a Doris"? perguntou. Resolveu caminhar por toda a praia, afim de encontrá-la e dizer que a amava. Ele planejou em dizer isto a ela, desde o dia de seu último aniverssário, mas agora iria dizer a uma bela jovem que esbanjava sensualidade. Não a encontrou, já estava preso e sozinho em seu mundo.
Não muito longe dali, diante à tela do computador, o corpo do rapaz se encontrava inerte. Não podia nem se quer mover um dedo e estava para às moscas como qualquer cadáver. Doris, satisfeita aguçava a esperança em Boris de encontra-la na utopia criada por ele. A praia continuava radiante, no entanto, seu quarto estava infecto por um odor terrível de carne podre. Uma carne humana. Era Boris. Mal sabia ele, que tinha sido morto com suas idéias e guardara para si seu amor por Doris, que para ele já estava distante a imagem de uma máquina. Sem piedade, Doris continuou com o serviço de deixar para sempre seu senhor procurando-a na desolada praia.
Cançado, Boris sentou-se numa pedra, e admirava a polonese, as ondas que batiam sobre a pedra, um verdadeiro paraíso diante dos seus olhos. Continuou com a busca, mas sem sucesso. Estava perdido, não conseguia avistar mais a casa da praia e já estava anoitecendo. No escuro avistou uma jovem de vestido vermelho. Era Doris, que correu dele. Num piscar de olhos, como por encanto, a moça sumiu novamente. Então ele deitou-se na areia, enquanto olhava para a lua cheia, que iluminava seu corpo deitado na areia, e somente seu corpo. Como se um ator esteve em cena, no palco recitando um monólogo, com a platéia no escuro e a luz do teatro apontando apenas para ele. Um ponto forte de luz em um único lugar. Quando estava quase adormecendo, Boris ouvira sons aterrorizantes ao fundo da praia. Os barulhos foram se transformando em risadas insolentes que muito lembrava a Doris. Ele levantou e foi em busca desses sons, mesmo com muito medo e receio de que alguém, à espreita lhe apunhala-se pelas costas. Ela continuava a se esguerar por ali, no escuro, estava um breu. Era a vez do vento fazer barulho, de brisas à ventanias congelantes. Começou a fazer muito frio, Boris sem sobretudo, porque amanheceu o dia em pleno calor, e agora perdido, estava pela noite no frio, tremia sem parar, até que as risadas cessaram-se e apenas o ranger de dentes de Boris, era o efeito em primeiro plano. Ele enconstou-se em algum lugar, que não conseguiu identificar devido a escuridão. Minutos depois seu ranger de dentes, ficou em BG e as risadas voltaram. Estava cada vez mais próximo a ele. " É você Doris?"perguntou apavorado. Ninguém respondeu e novamente as risdadas pararam.
Ao amanhecer, Boris continuou determinado em sua busca por Doris. Chegou até a praia e avistou o oceano novamente, calmo e simplesmente azul. Passou um flash em sua memória que era a primeira vez desde anteontem, que ele tinha visto o oceano de perto. Mentira, ele nunca na vida conheceu o oceano. Ele nem ao menos esteve lá antes. Agora é tarde, nunca vai conhecer mesmo. E nem a Doris estava a seu lado para admirar as lindas gaivotas, o Pôr-do -sol, que anunciava a próxima noite e o imenso oceano, com a maré bem forte, batendo sobre seus pés. Só era ele o vazio e o próprio oceano.

FIM




TM & COPYRIGHT 2008 BY RODRIGO MENDES. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS USADOS SOBRE AUTORIZAÇÃO NESTE BLOG.





sábado, 19 de abril de 2008

TEASER

COMING SOON:
uma blogviagem de Rodrigo Mendes
TECLANDO COM O PRÓPRIO OCEANO
CAPÍTULO FINAL
DIA 21 de abril no TROCANDO IDÉIAS
Ele se apaixonou por ela...
..ela mentiu o tempo todo e
agora o preço será alto.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

TECLANDO COM O PRÓPRIO OCEANO - PARTE II

CONTINUANDO...
POR FAVOR NÃO LEIAM ESTE POST SEM ANTES LEREM O ANTERIOR .
Uma blogviagem de Rodrigo Mendes
Parte II : Contendo os relatos de Doris...
Boris liga seu computador. Ele carrega, em alguns minutos a tela mostra: "Bem vindo ao Doris Ultimate Version". Distraído, Boris continua encantado, construindo seu mundinho no seu novo programa. Nos intervalos do almoço, ao invés de almoçar de fato, ele jogava xadrex em um outro programa, com Doris sempre dizendo "Xeque Mate! Outra rodada senhor?" Ela sempre fazia a cabeça dele, e sem alternativas, Boris aceitava. Além do xadrex, na qual Doris sempre ganhava e ao mesmo tempo ensinava novos truques ao pobre garoto, a máquina arbitrariamente, aprendera a mentir muito bem ao seu senhor. Quando Boris mostrava seus desenhos rabiscados à mão, na época em que desenhava assim, e levava para casa o carimbo do seu professor e aquele sorriso e o parabéns, com uma voz muito bem entonada e uma inteligência artificial, já desenvolvida, a máquina esbanjava elogios aos desenhos ridículos do pobre garoto. Pensava assim, Doris, que não entendia o que era aquilo, mas sabia mentir muito bem. Afinal aos nossos olhos humanos, o garoto era foda e desenhava muito bem mesmo. Mas para Doris, tudo que era analógico, físico, material, celuloide, não passava de "celulite". Sua arrogância, menosprezava sua origem.
Doris pensava consigo, como evoluir e não mais depender de um ser humano. Ela já se considerava um ser, afinal :" Penso, logo existo". E não foi de um filósofo iluminista que a máquina chegara a esta conclusão, pois ela observava as ações de Boris diante dela e de certa forma estava conectada com ele. Mas já tinha sugado tudo que precisava e Boris, já estava se tornando um tédio. E vocês acham que ela compartilhava este detalhe com o garoto? Nunca! Era como um colega de trabalho, ou um membro da própria família que planejava lhe apunhalar pelas costas. Ela começou a se tornar um perigo. Será que Boris vai se salvar?
Nas muitas noites e madrugadas adentro sem dormir, o garoto já despertava uma paixão platônica por sua máquina. Mas também guardava este segredo com ele. E como desenvolver um programa na qual uma máquina seria capaz de retribuir este carinho? Mal sabia ele, que ela já estava sentindo algo por ele, só que um outro sentimento que é o antônimo de paixão e muito menos amor. Não vai demorar muito para Doris sair andando com suas próprias pernas, pois é só jogar um xaveco no seu dono que ele poderia desenvolver isto para ela. Sim o amor é cego, ou melhor, a paixão! Doris já tinha um ás nas mangas, continha em seus relatos secretos, em algum lugar escondidinho nas entranhas de seu pc um ciúme doentio por Boris, pelo fato dele ser humano e que de fato, não adianta fingir, e ela já descobrira isto, que o garoto tinha talento e que era um excelente arquiteto.
Seu mundo já estava quase pronto, nunca o oceano ficara tão belo. "Já dava vontade de morar nele", dizia Boris. E perguntando a ela se estava ficando bonito a praia, o mar e as gaivotas. Com uma resposta sempre pertinete, Doris repondia que sim, estava. Então, animado, o garoto resolveu desenhar uma casa na praia e dentro dela um jovem rapaz que era a cara dele e uma moça bonita , de olhos azuis, cabelos negros, seios fartos, cintura na medida certa e lábios sensuais. Enquanto Boris fazia isto , lá no fundo um ódio maior cresceu de dentro dela que pensava: " Imaginem , eu não sou assim, não quero ser humana, quero continuar tendo este formato e poder dizer aos humanos o que fazer. Quero que eles continuem dependendo de mim para tudo. Quero muito continuar parecendo ser a escrava deles, mas na ironia são eles, ralés fedidas que um dia apodreceram a sete palmos. O que seria deles sem mim para resolver tudo. Quero continuar sendo seus sentidos, suas mãos, suas pernas etc. Sou muito melhor assim que uma moça aparentemente perfeita. Que moleque insolente! Quem ele pensa que é? Esses malditos adolescentes, sou muito mais que uma imagem de desejo sexual. Não fui construída para satisfazer moleques punheteiros. Preciso agir rápido, esse moleque vai ver...!"
Sem saber de seus relatos, que vagavam em sua memória, Boris só perguntava: " O que está achando meu neném? Mero papo de um hacker infectado pela tecnologia. " Quando eu terminar, nós dois iremos morar no paraíso!" Completa. Sempre retrucando suas perguntas insanas, ela respondia com lisonjas e admiração. Entretanto, a tecnologia criada por ele já estava o sentenciando a um destino terrível e Doris já havia computado essa possibilidade em seus relatos.
continua...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

TECLANDO COM O PRÓPRIO OCEANO - PARTE I

Era uma vez...
Uma blogviagem de Rodrigo Mendes
Parte I : Sobre como Boris ficara encantado diante da tecnologia...
Em seu último aniverssário, Boris, um garoto solitário com seus novos 16 anos, em plena força da juventude, ganhara um computador completo com tudo que antes ele nunca havia visto. Pouco sabia da existência das extensões, mal conhecia a teoria de hibridismos e dialogismos e tão pouco sentia-se que poderia transmutar sobre tudo que vê e sente. Ao menos ficou fascinado com seu novo brinquedo. E só. Começou a fuçar em tudo. No começo catava milho no teclado, mas aos poucos, foi pegando o jeito. Navegava diariamente na internet, conhecia sobre o mundo naquele painel digital e como "de grão em grão a galinha enche o papo" , o importante foi ser constante, não mais catava milho no teclado, aprendera os segredos e vontades de seu brinquedo. Doía nele tudo que sua máquina sentimental sentia. Sim! Ele e sua máquina estavam cada vez mais hibridizados um com o outro. Mantinha conversas com ela, se comunicava através de seus sentidos, sua força, exercida através de suas extensões, porque parte dele, estava nela. Pensava, o infeliz pobre coitado, que sabia se virar no mundo, que ir até a padaria e comprar alguns pães, era moleza. Praticamente, Boris se esqueceu de fazer essas coisas.
Um dia, mais uma vez diante de sua Apple Macintosh Flatron L177ws LCD, Boris imaginou como seria se o mundo fosse "colocado" na capacidade de seu pc. - Como é que seria? perguntou ele. Começou então a montar um esquema de como realizar esta façanha. Ao invés de fazer um esboço , uma planta de seu mundinho imaginário em um pedaço de papel, optou por fazer tudo isto num programa que ele já havia desenvolvido, que ele batizou de: Boris, Doris Space Ideas. Daí começou a planejar, os muros em volta, a calçada da rua, as casas, os edifícios, as garagens dos carros, os pontos de ônibus, a faixa de pedestres, as pessoas atravessando, o guarda de trânsito advertendo, o tráfego dos automóveis, as paisagens dos parques, o nome das ruas e avenidas, a parte sonora da poluição da metrópole, os poucos pássaros cantando pela manhã, os pombos cagando nas praças, a velhinha jogando pedacinhos de pão aos pombos, a moça gostosa de salto alto chamando a atenção dos vagabundos sentados na rodinha de baralhos e cervejas, o motorista em dia de fúria gritando: "Tira essa lata velha do caminho seu filho da puta" , o sinal da escola anunciando a saída das crianças; desenvolveu também as cidades litorâneas tanto sua cenografia como sua paisagem sonora ; os poucos carros e pedestres nas ruas pacatas, o som dos pneus nos paralelepipedos, a brisa incessante em todo lugar e por fim a praia, as gaivotas, as ondas e o oceano...
Continua...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Crítica da mídia como solução de conflitos

Nesta Era da Informação, litígios travam-se principalmente na esfera da comunicação – o que torna decisiva a batalha pela conquista dos corações e mentes nos campos adversários (independente de quem arrebanhou os louros da vitória).
Em países democráticos, ao contrário dos regimes autoritários, a disputa informativa vai além do mero confronto entre versões, sofisticou-se a contra-informação de tal forma que hoje inclui a avaliação dos emissores adversários.
Significa que a crítica da mídia hoje faz parte do arsenal daquilo que antes era designada como "guerra psicológica". A partir dos conflitos na ex-Iugoslávia (incluindo a guerra do Afeganistão, a Intifada-2 e a crise interna na Venezuela), a mídia, ela própria, tornou-se uma frente de batalha. E, por conseguinte, observada com os mais sofisticados recursos.
Hoje temos ONGs e instituições para-acadêmicas organizadas com a finalidade precípua de examinar a lisura da batalha midiática. Algumas buscam a neutralidade assumindo o desconforto de serem criticadas pelos contendores, outras usam a camuflagem da isenção para melhor servir aos seus interesses.
Ambas são bem-vindas. Vale o confronto. Os militantes "incorporados" à crítica ganham nos primeiros momentos e perdem na crise seguinte.
Forçar repetições é fazer o jogo das simplificações, mas como mero exercício referencial é possível encontrar traços do final do século 18 neste início do 21. Estamos num período algo parecido com o Iluminismo, violenta irrupção de saberes, conhecimento, informações e até preconceitos derrubando fronteiras nacionais e barreiras de classe, encurtando distâncias e arredondando diferenças.
A contracultura dos anos 1960/1970 materializou-se no conceito de contrapoder, cuja manifestação mais importante pode ser chamada de antimídia. Passeatas e quebra-quebras não representam o contrapoder, são meras exibições de voluntarismo. A crítica da mídia, esta sim, representa uma forma institucionalizada de oposição porque está focada (o uso do verbo é intencional) no mais importante vetor da atual conjuntura.
A observação da mídia não é apenas arma de guerra, ao contrário, é arma para garantir a paz. Entre nações e dentro das nações. Neste momento, a solução de conflitos passa obrigatoriamente pela implantação de um amplo processo de conscientização e monitoração capaz de desarmar as distorções informativas.
Quando examinamos o "jornalismo patrioteiro" americano convêm verificar se a imprensa francesa também não cerrou fileiras em torno da posição do seu governo. Não poderia ser chamada de patriótica (ou responsável) uma certa benignidade da nossa imprensa com relação ao governo Lula passados os ajustes dos primeiros 100 dias? Claro que sim. A idéia de que a imprensa legitima-se apenas quando faz barulho é fruto da noção de que a mídia é uma criatura e, não, um sistema polimórfico e livre.
A web (interface gráfica da internet) completa a sua primeira década de vida. Graças a ela viabilizou-se uma rede mundial de informações que mudou drasticamente a forma como o cidadão de hoje converte-se em homem do mundo.
Esta não é uma efeméride particular e isolada. É um conjunto de tendências que se tornam realidade.


É isso aí pessoal.
Fran

AS ORIGENS DA COMUNICAÇÃO EM MASSA COMO EXTENSÕES DO HOMEM (parte 2).





TELEVISÃO: Enquanto tecnologia a tv é uma extensão do rádio. Som e imagens em movimento são transmitidos por ondas de radiofreqüência e captados por um receptor, o televisor.
Durante o desenvolvimento da televisão foram criadas diversas normas, uma delas era a dependência como freqüência (“ciclagem”) da rede de energia elétrica local. Nos Estados Unidos a freqüência da rede elétrica era de 60 Hz, o processo para transmissão deveria gerar 60 campos de imagem por segundo para evitar o efeito da cintilação.
Estas características do sistema de transmissão de televisão norte-americana fazem parte das normas estabelecidas pela RMA (Radio Manufacturers Associantion) ou simplesmente “M”, sendo adotadas por outros países com a mesma freqüência de rede, como o Brasil e o Japão (ressalvado que a parte oriental do Japão usa 50 Hz).
Há algumas décadas a distância minimizava os problemas de diferentes sistemas de televisão escolhidos. Hoje com envio de sinais via satélite e Internet os padrões incompatíveis e as línguas incompreensíveis começaram a fazer diferença. Ainda existem diferentes sistemas de transmissão, porem em menor quantidade, isso significa que um programa exibido em um país não pode ser visto automaticamente em outro, sem que seja feita a conversão para o padrão técnico apropriado. A diferença entre esses padrões básicos está em três elementos:

- o número de linhas horizontais na imagem;
- o tamanho do canal de transmissão (a largura da banda eletrônica do sinal);
- o tipo de modulação – Am ou FM – utilizado para a transmissão de áudio e vídeo.

Na medida em que cada um dos principais veículos de comunicação surgiu em nossa sociedade, tornou-se um objeto de considerável controvérsia e debate. A discussão acerca da comunicação de massa implica em um reconhecimento da comunicação humana como um processo biossocial, dependente não só da memória humana, mas de fatores como a percepção, interação simbólica e as convenções culturais de linguagem especificas.
O século XX, portanto, foi cenário de uma verdadeira revolução no âmbito das comunicações, comparável a revolução industrial. Os modernos meios de comunicação propiciam, sem dúvida, relações mais estreitas e um maior conhecimento entre os diversos povos.


Um abraço,

Marcos Bortolato

AS ORIGENS DA COMUNICAÇÃO EM MASSA COMO EXTENSÕES DO HOMEM (parte 1).




A tecnologia é uma extensão do nosso corpo físico, agentes produtores de acontecimentos, mas não agentes produtores de consciência. A hibridização ou combinação desses agentes oferece uma oportunidade especialmente favorável para a observação de seus componentes e propriedades estruturais. De todas as uniões híbridas que geram furiosa liberação de energia e mudança, nenhuma supera o encontro entre as culturas letradas e as culturas orais.
Como já postado no texto: Dos Símbolos a Era da Comunicação em Massa, a alfabetização fonética deu ao homem um olho por um ouvido – e esta é, social e politicamente, talvez a mais radical explosão jamais ocorrida, em qualquer estrutura social.
A partir dessa idéia de energia extraída de corpo e da mente, capaz de pensar nas coisas antes de as produzirmos, é que o homem deu origem a um veículo de comunicação, embora não fosse um veículo de comunicação em massa, foi elemento importante numa acumulação de tecnologias que acabaria levando aos veículos de massa eletrônicos. Poucas décadas depois de sua invenção experiências bem sucedidas foram indispensáveis à criação do cinema e da telegrafia sem fio.

Vocês devem estar se perguntando:
De que aparelho tão maravilhoso ele está falando?

E respondo para vocês caros colegas, esse genial aparelho é o TELÉGRAFO.

O TELÉGRAFO: em torno de 1830, várias descobertas já conhecidas precisavam ser reunidas para chegarmos aos processos do telégrafo. O pintor de retratos Samuel F. B. Morse consegue o que muitos cientistas achavam pouco provável: transmitiu mensagens usando um fio de aproximadamente 15 km de comprimento.
A primeira transmissão oficial ocorre em 2 de maio de 1844 entre Washington D.C., e Baltimore. Toda a evolução do sistema foi colocada nas mãos da iniciativa privada norte-americana, sob o controle de Morse.
Com muitos investimentos um sistema de cabos cruza os oceanos e transmite mensagem telegráfica por fios a partir de 1866. Esta foi o principio da era elétrica instantânea.
Em 1876, Alexander Bell consegue utilizar as bases desse sistema para transmitir a voz humana.

O TELÉGRAFO SEM FIO: O grande impulso foram as demonstrações feitas pelo alemão Heinrich Hertz, em 1888, de existência real de ondas elétricas. O jovem conseguia gerá-las e detectá-las. Cientistas de todo o mundo fazem experiências com base no experimento de Hertz.
Isso faz com que a cronologia “bases para o rádio” que segue aponte diferentes inventores para o telegrafo sem fio, sendo que Marconi conseguiu notoriedade no experimento de Landell de Moura.
O invento era constituído na transmissão traço-e-ponto de códigos telegráficos Morse. Foi o cunho comercial e empreendedorismo de Marconi que lhe garantiram reconhecimento internacional para mostrar o produto de mais de um século de pesquisas.
Suas utilizações entretanto vislumbravam apenas o mundo das embarcações e comunicações entre exércitos, não sendo cogitado o uso social daquelas descobertas, tanto é, que as primeiras transmissões ocorreram em alto mar.
Grupos de investimentos não perderam tempo no desenvolvimento de novas pesquisas que pudessem transmitir a voz humana.

TRANSMISSÃO DA VOZ HUMANA: Em torno de 1906 era moda nos EUA montar receptores de rádio de galena para detectar transmissões de voz. O custo das peças era muito baixo, daí por diante muitos refinamentos aconteceram na arte de transmitir e receber mensagens de voz.

TRANSMISSÕES RADIOFÔNICAS: As novas tecnologias surgiram para reforçar e amplificar os sinais recebidos. O físico norte-americano Lee de Forest, desenvolveu a válvula triodo para amplificação de sinais eletrônicos, os receptores de rádio ficaram mais confiáveis e a clareza dos sinais melhorou.
Em 1916 Lee Forest instala a primeira “estação estúdio” de radiodifusão, em Nova Iorque.

NASCE O CINEMA: os principais contribuintes, de quem dependeu a tecnologia fundamental do cinema, foram na maioria indivíduos cujas descobertas ou criações de aparelhos em busca de soluções para problemas específicos não se relacionavam com isso.
Os principais cientistas visavam desvendar os princípios físicos de refração de luz, a base neurológica da visão humana ou a maneira pela qual era percebida a ilusão de movimento.
A idéia básica é olhar por um pequeno orifício para um compartimento dentro do qual, na parede oposta, há uma imagem fraca e invertida de uma cena externa.
Leonardo da Vinci estudou sistematicamente seus princípios de funcionamento. Suas pesquisas se desenvolveram em um pequeno quarto vedado a luz e no qual os raios vindos de uma cena externa só podiam entrar em um pequeno orifício da grossura de um lápis.
A imagem disposta na parede reproduzia a cena externa, colorida, porem fraca e invertida. O buraco foi aumentado e implementado com uma lente para focalizar e um espelho para inverter novamente a imagem. Essa tecnologia foi muito útil para artistas com problemas referentes a perspectiva e cor na pintura de paisagens; bem como por cientistas para observa eclipses do sol.
Logo esses conhecimentos foram utilizados para projeção de slides, a luz do sol substituída por uma luz artificial, que passava através de uma transparência.

CINEMA MUDO: A apresentação publica do cinematógrafo marca oficialmente a historia do cinema. O som vem três décadas depois no final do anos 20.

CINEMA FALADO: Preliminares de cinema, ainda falhos na incronização de som e imagem. Surgindo somente e,m 1907 o primeiro aparelho de gravação magnética em película que permite sincronização de som e imagem, pelo americano Lee de Forest.

Pessoal aguarde o próximo post...

Abraços,

Marcos Bortolato

Dos Símbolos a Era da Comunicação em Massa




Nossa impressionante capacidade atual de enviar mensagens instantâneas à distancias imensas, e para suscitar significados semelhantes em milhões de pessoas ao mesmo tempo, é tão familiar para todos nós que é fácil encará-la como indiferença. Entender as mudanças e suas conseqüências no pensamento, no comportamento e cultura facilitara apreciar um importante aspecto de nossos veículos de massa contemporâneos; apesar de terem chegado recentemente, já são tão fundamentais em nossa vida cotidiana que poderão ajudar a modelar o destino de nossa espécie no futuro.
As origens da comunicação de massa é a extensão do homem para com o meio em que vive. E isso já vem muito antes de nossos ancestrais andarem eretos, como segue a seguir:

A ERA DOS SÍMBOLOS E SINAIS

A comunicação era realizada por meio de ruídos e movimentos corpóreos que constituíam símbolos e sinais mutuamente entendidos, claro que utilizavam um número limitado de sons que eram fisicamente capazes de produzir, tais como rosnados, roncos e guinchos (não falavam pois eram fisicamente incapazes de fazê-lo) era um modo lento e primitivo de comunicação, comparado com a fala humana baseada em linguagem e provavelmente não era possível realizá-la de forma complexa e extensa.
Os processos interiores de abstração, classificação, síntese, indução do geral a partir do particular, e o raciocínio a partir de premissas para chegar a conclusões era sem dúvidas prejudicados e quase invalidado pela limitação comunicativa, atrasando grandes descobertas cientificas e a difusão da informação. O ritmo da troca de informações era lento e impreciso gerando um lapso de tempo, em milhões de anos, de uma evolução cultural tão vagarosa.

A ERA DA FALA E DA LINGUAGEM

O primeiro ancestral humano com estrutura craniana, língua e laringe, o Cro-Magnon era capaz de reproduzir fala e linguagem, tem origem entre 35 e 40 mil anos atrás, podia raciocinar, planejar e conceber, caçar de forma mais coordenada, defender-se mais eficazmente e explorar melhor as regiões de caça.
Inicialmente nômades, utilizaram os benefícios do acúmulo de conhecimentos permitidos pela fala e linguagem para a vida fixa em aldeias.

A ERA DA ESCRITA

Escrita pictgraficas: desenhos que representavam idéias;
Escrita fonética: sua origem veio da idéia de criar símbolos para um determinado som ao invés de uma idéia.
Utilidades pictográficas: registro de limites e direitos de propriedade de terras, registro de compra e venda. As pictografias foram padronizadas e com o passar do tempo a escrita foi encarada com especial reverencia, uma vez que permitia decifrar as mensagens de pessoas distantes ou até de pessoas que já haviam morrido – mesmo a distancia e o tempo podiam ser conquistados.
Grandes movimentos da ciência, das artes, da administração e da religião foram possibilitados pelo fato de as pessoas saberem ler.
O significado da mídia portátil: a troca dos hieróglifos (caracteres simbólicos, criados pelos egípcios) e das tabuletas cuneiformes (escrita no barro mole posteriormente convertido em cerâmica criada pelo povo sumério, que viveu no Golfo Pérsico) por papéis confeccionados com a tecnologia da época.

A ERA DA IMPRESSÃO

Anteriormente ao século XV, as pessoa produziam livros na Europa preparando manu scripti, cópias de livros existentes, laboriosamente reproduzidas a mão. O numero de livros era restrito e só podiam ser adquiridos por pessoas de consideráveis recursos.
Um ponto critico do eventual surto da impressão no mundo ocidental foi quando o papel começou a substituir o pergaminho no mundo islâmico durante o século VIII. A prensa impressora impulsionou a reprodução sistemática de centenas ou mesmo milhares de um determinado livro, bem como facilitou a disseminação da alfabetização.

A ERA DA COMUNICAÇÃO EM MASSA

Teve inicio no começo do século XIX, com o surto de jornais para a pessoa comum e mídia elétrica tais como o telegrafo e o telefone. Fincou sua raízes no começo do século XX com a invenção do cinema, rádio e da televisão para populações grandes.

Abraços,

Marcos Bortolato

domingo, 13 de abril de 2008

PODER DA MÍDIA COM RELAÇÃO AS QUESTÕES CODITIANAS


Imagine você, em sua poltrona preferida assistindo a um determinado canal de TV ou até mesmo ouvindo a programação de alguma rádio. As notícias são as mais variadas e falam de tudo e de todos. Coisas que acontecem a mil léguas de distância de você chegam instantaneamente à sua vida. De repente você começa a se perguntar : Como? Por que? O que é que eu tenho haver com isso? Quando? Onde? – e por ai vai.Eis que ai surge o primeiro sinal de PODER sendo exercido pela mídia. O PODER de te fazer pensar em coisas que talvez não fariam parte de sua rotina se você não as tivesse recebido através da sua TV ou rádio na comodidade de sua casa ou trabalho (Observação, destaca-se rádio e TV, pela facilidade de acesso a todos).A mídia tem a capacidade de fazer com que você, mesmo que não perceba, comece a seguir padrões de pensamentos, fala e vestuário que provavelmente não teria. Só que este tipo de capacidade se torna válida e visível quando atinge a todo um grupo de pessoas que passa a ser liderado pelo conhecido líder de opinião. Esse líder tem por característica “definir” padrões e mantê-los ou fazer com esses sejam mudados dependendo do contexto social onde o ser se encontra.Para que isso aconteça as informações devem estar de acordo com a estrutura social onde serão “implantadas”. Segundo Shils e Janwitz(1948), citados no livro “Teoria das Comunicações de Massa” de Mauro Wolf, “sua influência deriva mais das características do sistema social a eles circunstantes do que do conteúdo que difundem”. Se essas informações a serem difundidas estiverem de acordo com a estrutura facilmente serão transformadas em pontos culminantes das discussões.Um exemplo desse PODER pode ser aplicado à Campanha Presidencial onde a mídia pode ou não interferir decisivamente no contexto das decisões. Claro que quem decide em quem votar é o povo, mas é claro também que esta o faz embasado em alguma informação que serve de apoio e geralmente esse apoio vem da mídia que divulga o “diário de bordo” dos candidatos com todos os feitos e defeitos. Se esta resolver se voltar contra este ou aquele candidato o fará de tal forma que os eleitores exitarão em dar seu voto a esse candidato, caso que aconteceu na campanha eleitoral onde Luiz Inácio Lula da Silva disputava com o recente e desconhecido candidato Fernando Collor de Melo a Presidência da República e sofreu com a manipulação negativa de sua campanha por conta da emissora de Roberto Marinho, Rede Globo.Vários outros exemplos poderiam ser destacados, mas a intenção é mostrar o PODER que a mídia exerce nas questões cotidianas, para isso basta olhar a nossa volta e vamos perceber que o assunto que está em alta é aquele que passou no tal programa famoso, que moda é a roupa que a mocinha usou na novela e assim por diante. Isso é PODER, é influência da mídia que te faz pensar sobre o que ela quer que você pense e queira ser o que ela quer que você seja (inconscientemente ou não) alterando assim em muitos casos sua rotina e estilo de vida.

Personagens já estão nos meios de comunicação

Os amigos imaginários não são algo tão distante assim do grande público – e você não precisa ir tão longe para comprovar isso.Afinal, o tema já ganhou as histórias em quadrinhos e também as telas da TV – e com relativo sucesso.O quadrinista Bill Watterson é prova viva disso. Quando decidiu criar, em 1985, as HQs do garoto Calvin, não poderia imaginar que o menino de 6 anos com uma imaginação pra lá de fértil, e que vive as mais malucas aventuras com seu tigre de pelúcia Haroldo (que ele vê como de verdade), fosse fazer tanto sucesso.Resultado: dez anos de tiras em praticamente todos os jornais do mundo, além de diversos livros editados com as histórias.Recentemente, tem feito muito sucesso no canal fechado Cartoon Network o desenho “A Mansão Foster para Amigos Imaginários”.Mac, 6, precisa “se desfazer” de seu amigo imaginário Blu e o leva para a Mansão Foster, onde amigos imaginários moram e aguardam serem adotados por outras crianças. Contudo, Mac começa a ir todos os dias à mansão para não perder seu amigo Blu – e aproveita para viver inúmeras aventuras com os demais personagens.RobôQuem comemora cada palavra trocada sobre o tema amigo imaginário é a psicóloga Maria José Barbosa, 55 anos, especialista em pscicologia clínica. Para ela, a TV e a internet em excesso estão “robotizando” as crianças de hoje e, infelizmente, matando a fantasia dentro delas. “Hoje, não se tem mais Papai Noel, coelhinho da Páscoa, cegonha... Estes são rituais importantes para os pequenos”, afirma.Para Maria José, a criança hoje vive muito mais um mundo real do que as dos anos 1960 e 1970, que nem acesso a TV tinham. “Essa imaginação, essa criatividade são muito importantes para a formação da criança. Faz parte do conto de fadas dela”, completa.

Descendo pelo cano e dançando em cima do queijo



Continuando...
Flávia Alessandra, mero detalhe. Excelente atriz, como todo ator ou atriz que veste ou não veste uma personagem. A questão que eu quero discutir aqui é outra. Mais uma vez um exemplo da sociedade do espetáculo.
Muito bem, este é o bordão do Márcio Rodrigo, mas segundo o título deste texto, mais um bordão de Aguinaldo Silva. E descreve explicitamente, como a sociedade mudou radicalmente. Pode até ser um processo, mas os noveleiros de plantão não se incomodam mais em ver o sexo extremamente visível, agora neste bordel sem paredes. Afinal o Wolf Maya e o Aguinaldo, nos levam para conhecermos, o interior deste bordel. Pode ser caso de infarte para um dos personagens, mas motivo de risos e desejos insólitos para o espectador. O pico de audiência e pênis em plantão, literalmente sobem para o alto ao compartilhar a visão do autor na discusão de tabus antigos.
Inevitavelmente é fácil de encontrar o sexo, quando quisermos, não mais na boca do lixo, e sim as 21:00 hs e não às 20:00hs, como dizem o popular. E neste quesito, Aguinaldo explora seu dom para desenvolver o apelo ao tema, como o público deseja. Eles querem espiar, apreciar isto na trama. Hoje em dia faz parte e virou modinha, tanto na novela, como na vida real, as donas de casa e as mulheres que também trabalham fora, fazer um striptease com o melhor do espetáculo erótico, para deixar seus maridos de queixo caído, com o pinto levantado e satisfeitos por terem gozado do show. Mais do que isto, o sexo de certa forma, esta mais arbitrariamente discutido. Bem ou mau, como duas caras, é um fato e não apenas fictício, de que, algo de caráter tão pessoal e particular , como diria Pedro Almodóvar (famoso cineasta espanhol) "Quando se coloca o genital em questão, tudo é muito pessoal", seja, hoje, algo nada pessoal. Mesmo se tratando de colocar as partes íntimas em tudo. E sim, atualmente a televisão, e os demais meios de comunicação convergidos e hibridizados, andam colocando os órgãos genitais em tudo. E daqui a pouco não vai mais ter uma tarja preta para cobrir os pêlos pubianos e outros lugares estratégicos.
Rodrigo Mendes

A arte tentando imitar a vida, segundo Aguinaldo Silva



Continuando...

Interpretar a sua estória, a sua novela, não carece apenas em ler William Shakespeare ou Jorge Amado, mas ler a vida, mais ou menos como ela é. Ele já escreveu muitas novelas e minisséries clássicas, algumas ajudou na criação. Esteve ao lado de outros adaptadores para decidir quem matou Odete Roitman, fazendo o Brasil parar em 1989. Eu gosto do jeito de escrever deste cara, aqui está alguns de seus trabalhos: Tieta, Riacho Doce, Fera Ferida, Suave Veneno, A Indomada, Porto dos Milagres, Roque Santeiro, e Senhora do Destino.

Ele escreve, assim como vê o seu povo, o seu Brasil. Bordões famosos como: "Muita calma nessa hora"; "Êpa, êpa, êpa";"Justamente..."; "Aquela vassoura de piaçava!"; "Presta atenção sua cabrita"; "Ô xente my good"; "Vâmo nhã nha, meu amor?", " Anta nordestina!", "Eu ainda vou pegar o fígado daquela cachorra sarnenta e cumê com minhas próprias mãos"; "O sr, anderstende?"; "Eu fui atacada pelo cadeirudo!"; "Oxi, será que era o sufocador?"; "Aquela maria louca!"; "Quem aquela girafa pescoçuda pensa que é?"; "Sua lacraia miserável!"; "A notícia já se espalhou como rastilho de pólvora",e tantos outros, são inesquecíveis. Claro, que nem sempre o povo fala assim e que a cenografia da portelinha não coincide com muitas favelas deste Brasilzão, no entanto, fica claro, observando toda sua obra, que cada detalhe é simplesmente muito aguinaldiano. Afinal, cada autor tem a sua interpretação, visão de mundo,para contar a sua estória.

Ele leu Jorge Amado (Mar Morto, Tieta), mas se você ler os livros, na certa vai perceber que o saldoso escritor baiano, tem o seu estilo de ver o mundo e a sua terra, a Bahia. A perpétua era sim uma personagem do livro, irmã da protagonista. Obviamente, segundo Jorge Amado e no longa de 1996 dirigido por Carlos Diegues, com Sônia Braga como Tieta e Marília Pêra como a própria dita cuja da personagem citada, não ganharam a proporção da maravilhosa Joana Fomm, na trama da TV de Aguinaldo. Na clássica novela, a personagem criada por Jorge Amado, ganhou uma nova transmutação disjuntiva por parte dos seguintes adaptadores. O que fica explícito a facilidade de criar na TV ou no cinema qualquer romance do nosso Shakespeare brasileiro, que já pensava em escrever as suas estórias imageticamente falando.

Recentemente, Aguinaldo, anda escrevendo um pouco mais o "cenário real" e afastou um pouco aquelas novelas que se passavam na terra do nunca, como uma cidadezinha meio inglesa (londrina) e bahiana, em que toda noite de lua cheia aparecia uma criatura engraçada, ao mesmo tempo que assustadora. E que lua era aquela? Parecia que ia esmagar a pacata cidade de tão grande. Um lugar com personagens que falavam um "embrometion" misturado com sotaque do nordeste.

Não exito em dizer , que ele é meu autor de telenovelas favorito, morro de rir com suas personagens insanas. Muita ficção, assumidamente fora da realidade, mesmo fazendo de tudo para mostrar um pouco do cotidiano real. Afinal a Dona Branca não agiu de má fé, segundo ela, quando usou o cartão corporativo da Universidade Pessoa de Morais. Só que é insano, ver a amante do seu falecido marido ter se infiltrado tanto na situação de acusação. O mais insano ainda é, desenvolver personagens que não são nem tão bons e nem tão maus, todos tem duas caras, de certa forma, aqui fora da telinha, a gente sente e vê o próximo e nós mesmos na mesma situação, dividida, como tudo na vida é em duas. Mas eu reconheço que novela é novela e ponto final. E tem mais, o vilão da estória vai sofrer muito, pagar pelo seus crimes, se redimir, mostrar a sua outra cara e ficar com a mocinha no final. Como é de praxe nos finais das tramas globais. Quem vai ficar com quem? Antes do autor por a palavra fim, o público brasileiro já sabe.

continua...

Rodrigo Mendes


sexta-feira, 11 de abril de 2008

Eu vejo outro filme no mesmo filme: "Veja novamente pela primeira vez!"

Continuando...
...ou melhor, voltando aquela galáxia muito distante...
Hoje assistindo a versão original de Guerra nas Estrelas, percebi como George Lucas fez uma transmutação do seu próprio filme.
Muito bem... mais como assim? Explico.
Ele adaptou (ou readaptou) seu filme usando os artifícios da tecnologia digital. Star Wars acabou se transformando numa transmutação de si mesmo. Eu comprei recentemente a edição limitada contendo dois discos, a versão original do cinema (1977) e a versão remasterizada digitalmente , contendo cenas inéditas, efeitos modificados e certificação THX, para qualidade superior se som e imagem. Lucas já havia relançado a trilogia clássica em 1997, comemorando os 20 anos de Star Wars, também serviu para fazer propaganda da pré-estréia da nova trilogia iniciada em 1999 com o Episódio I - A Ameaça Fantasma. Os outros dois filmes da antiga trilogia; O Império Contra -Ataca e O Retorno de Jedi, seguem a mesma linha de modificação. Existem detalhes que fazem da série clássica, principalmente o primeiro filme, que nunca havia agradado Lucas, em remakes próprios. Os efeitos especiais, que na década de 70 havia feito uma verdadeira revolução na indústria cinematográfica hollywoodiana, e "ensinou" como os filmes são feitos, hoje parecem nada de extraordinários. Lucas praticamente recriou seu filme, dando mais textura na fotografia, tirando aqueles arranhões da película, adicionando cenas inéditas, na época, cortadas, e literalmente filmando novas tomadas para serem incluídas no filme. Como dizia o trailer promocional: " Agora volte a uma galáxia muito distante... A Twentieth Century Fox e George Lucas convidam você para dar as boas vindas a Luke Skywalker, Han Solo, Princesa Léia, R2D2, C3po, Chewbaca, Obi-Wan Kenobi e Darth Vader e ao vigésimo aniversário de Star Wars. Se você só podia assistir a Star Wars numa tela de Tv , você ainda não viu nada! Com novos efeitos especiais, som THX totalmente remasterizado e algumas surpresas. Star Wars em um cinema perto de você... e toda trilogia também está de volta, seguido por O Império Contra - Ataca e O Retorno de Jedi. Para uma nova geração de fans que nunca assistiram a trilogia clássica nos cinemas e para os já antigos fans, para apreciarem do jeitinho que deveria ser... Veja novamente pela primeira vez!"
E agora não é verdade que o Mr. Lucas interpretou a sua saga galática pela segunda vez!
Se Star Wars já nasceu um produto híbrido, agora ele renasceu como uma transmutação muito bem feita. Mas nada como o original, com aquela magia de filme e graças ao bom deus o Mr. Lucas fez esse favor aos fans. Esta disponível em DVD a Edição Limitada de Star Wars incluindo a versão original. Como é bom... !!! Agora eu sou um cinéfilo feliz!
Rodrigo Mendes

Nós Que Aqui estamos por vós esperamos




Bom pessu deixo aqui partes do Filme "Nós que aqui estamos, por vós esperamos",adorei o filme tem uma conexão com os temas que estamos vendo,como Aldeia Global,inter-relação dos meios enfim.
A parte que achei interessante foi a o alfaite querendo voar como está ai no video para vocês relembrarem.Outra que está no video abaixo é da evolução da Mulher e suas conquistas. O final do filme também achei interessante...Afinal nos encontraremos no cemitério mesmo.Como foi finalizado "colorido".De certo estamos evoluindo,evoluindo e será que essa criação de nossas extensões está sendo para ajudar ou para atrapalhar?Pois estragamos a natureza para criar as nossas extensões,como a madeira por exemplo, com as extensões muitas vezes estragamos o ambiente,como a poluição enfim de certa forma estamos estragando o futuro,seria egoista falar que não estaremos no futuro e não dar a mínima para isso,mas e a nossa familia que estará qui.Pense bem nisso ate quanto vale a nossa Extensão??Acredito que muitas delas são benfícente mas o excesso dela acaba atrapalhando.Um exemplo bom é o excesso de carro hoje em nas avenidas, ficamos horas no transito sendo que antes não era assim e a situação cada vez mais acaba piorando.Outra questão que deixo aqui é o que virá depois da internet??Vamos ver se alguém chega no meu ponto de vista..

bjuuuuu ate mas..






Transmutação




Gente,

Lembrando da aula passada, quero comentar sobre transmutação.

Toda transmutação é acima de tudo uma interpretação.

Adaptação=transmutação=interpretação

Esse é o ponto onde quero chegar.

Á cada ano temos novas interpretações surgindo, seja de um livro, de uma música, de uma pintura, de uma novela...

A adaptação é uma habilidade de fazer corresponder por mudanças ou ajustes.


A transmutação é uma migração de um meio para outro, como um livro que virou novela.










Um exemplo disso é a novela Escrava Isaura, um grande sucesso na TV nos anos 70, escrita por Bernardo Guimarães e adaptada por Gilberto Braga, a primeira versão passou na Globo com Lucélia Santos e logo após isso, foi um sucesso absurdo, exibido em 100 países. Passou por adaptações na Globo e na Record, que exibiu em 2004 com a Bianca Rinaldi no papel principal. Conjunções, pontos comuns com a obra original e Dijunções, o que afasta da realidade da obra original, aparecem nas duas adaptações.

Na primeira versão, Gilberto Braga não segue totalmente o livro ele faz as suas próprias adaptações. Neste caso um exemplo de Dijunção seria o final da novela, onde o vilão se mata, diferente da obra original, e a Conjunção seria a própria escrava Isaura, uma escrava Branca e os personagens.

Na Record, para dar leveza à história, várias personagens passaram a formar um núcleo cômico, como o jardineiro Belchior e a escrava Rosa (que na versão da Globo era uma das vilãs), e principalmente eles se basearam inteiramente na obra original, neste caso, a mais dijunções que conjunções.

"Adaptar é o mesmo que escrever uma obra original"

Apesar das duas obras serem diferentes uma da outra, são completamentes originais, cada autor teve sua forma de interpretar.


Espero que tenham entendido,

Mylenne Miranda.

terça-feira, 8 de abril de 2008

A xerox colorida de um clássico






Continuando....




Em cores ou em preto e branco...




A escolha é sua!






Muito Bem... estou de volta. Putz esse cara de novo não!

Tudo bem, eu confesso que estou passando da dose com esses textos, mas não consigo resistir.

Queria dar continuidade nas postagens falando agora um pouco sobre adaptação ou transmutação entre os meios. Como exemplo, obviamente cinéfilo que sou, um clássico do mestre do suspense não poderia ficar de fora do tema. Aquela musiquinha do Bernard Herrmann, aqueles efeitos sonoros (facadas , água da ducha, os gritos, a cortina do box) , aquela cena do chuveiro... aquele filme PSICOSE (PSYCHO).

Um filme de Alfred Hitchcock, com roteiro de Joseph Stephano, que foi "baseado" no livro de Robert Bloch, produzido pela Paramount Pictures, fotografado por John L. Russell, direção de arte de Joseph Hurley e Robert Clatwothy e com a música arrepiante e genial de Herrmann. Ainda estrelado por Anthony Perkins (Norman Bates); Vera Miles (Lila Crane); Martin Balsam ( Detetive Arbogast); John Gavin ( Sam Loomis); e Janet Leigh ( Marion Crane), a mocinha da fita que é assassinada na metade do filme. Bom , este é o Psicose, lançado em 1960 e esta é a equipe (cast and filmakers!). Um celuloide de 109 min. em preto e branco. Na estória, uma jovem secretária rouba dinheiro (U$ 400. 000) de sua empresa, fugindo com ele, perde-se na estrada e hospeda-se em um Motel de beira de estrada de nome Bates. Lá é misteriosamente assassinada enquanto relachava e tomava uma ducha. No dia seguinte, um detetive particular, a irmã da jovem e o amante com quem se encontrava as escondidas em motéis, procuram-na.

Anos depois...

PSICOSE, um filme de Gus Van Sant, com roteiro de Joseph Stephano, que fora "baseado" no livro de Robert Bloch, produzido pela Universal/ Imagine Entertainment/ Brian Grazer, fotografado por Christopher Doyle, direção de arte de Tom Folden e com a música arrepiante e genial de Hermann, agora remixada ou "readaptada por Danny Elfman. E ainda estrelado por Vince Vaugham( Norman Bates); Julianne Moore ( Lila Crane); William H. Macy ( Det. Arbogast); Viggo Mortensen ( Sam Loomis); e Anne Heche como Marion Crane, a mocinha da fita que é assassinada na metade do filme . Bom este é o Psicose, lançado em 1998 e esta é a equipe (cast and filmakers!). Um celuloide de 109 min. à cores. Na estória, uma jovem secretária rouba dinheiro (U$ 400. 000) de sua empresa, fugindo com ele, perde-se na estrada e hospeda-se em um Motel de beira de estrada de nome Bates. Lá é misteriosamente assassinada enquanto relachava e tomava uma ducha. No dia seguinte, um detetive particular, a irmã da jovem e o amante com quem se encontrava as escondidas em motéis, procuram-na.

Sentiram a diferença?

Depois do "original" de 1960 seguiram-se as fôrmas, sempre estreladas por Anthony Perkins. Em 1983, Psicose 2; em 1986, dirigido por Perkins, Psicose 3 e, em 1990, um telefilme ; Psicose 4 - A Revelação, com Perkins e Henry Thomas ( lembram daquele garotinho do E.T. ?), como Normam Bates jovem, e Olivia Hussey como a mãe. Deu origem também a uma série de TV, de curta duração chamada Bates Motel (1987). Quer dizer, depois de ter saído inicialmente da cabeça de Robert Bloch e bem elaborada por Hitchcock, este romance acabou sendo totalmente maximizado entre os meios. Agora, eu ainda estava tentando entender,como um remake pode ser considerado original, ainda mais se tratando do Psicose de 98 que é literalmente uma cópia assumida do primeiro. Por outro lado, Gus Van Sant é uma pessoa e Alfred Hitchcock é outra. O normam Bates continua sendo um psicopata em ambos os filmes, no entanto, tem muito do Gus no novo Normam. Para quem conhece seu trabalho em filmes como: Gênio Indomável , Encontrando Forrester , To die For com a Nicole Kidman e o famoso Garotos de programa, com Keanu Reeves e River Phoenix, sabem que Gus Van Sant, tem o seu estilo e as suas tomadas e a sua direção. Homossexual assumido, Van Sant, explora este elo no personagem principal. As roupas que ele usa no filme de 98, que se passa exatamente em 1998. O modo como ele fala e como sobe as escadas que nem uma gazela, é muito engraçado e pessoal, eu diria, proposital. O tipo de direção dado ao novo ator, como Normam Bates é disjuntivo. Consequentemente, há pontos idênticos em ambos, como o uso do mesmo roteiro, tomadas e enquadramnetos.Tendo como diferença, épocas diferentes. Mas os fatos acontecem na mesma linha. Ha pequenas diferenças sutis, inclusive na cena do chuveiro. A demais, os gritos de ambas as atrizes são diferentes, e no filme de Van Sant, é mais explícita a violência. Um artifício que mostra como Hitchcock era uma gênio. Ele poderia rodar o filme à cores, mas optou em rodá-lo em preto e branco,usando calda de chocolate para o sangue, enquanto o Van Sant, groselha mesmo...

Rodrigo Mendes

Fotos: Psicose 1960:http://www.gp1.com.br/materia.asp?notcod=3087

Psicose 1998: http://cinema.yahoo.com.br/filme/3200