terça-feira, 1 de abril de 2008

Parece Mentira mas não é: O erotismo do espetáculo



Continuando...





Não quero lhes pregar uma peça no dia de hoje, mas é puramente verdade o gosto do ser humano, ou melhor, o prazer orgástico em dar aquela espiadinha!


Na última aula de Comunicação Comparada , que eu faltei, por ter ficado com quase 40Cº de febre (isso não é mentira!) , o professor deve ter falado da formação da aldeia global, e com certeza deve ter batido na tecla do tema principal do blog. No entanto, eu gostaria de falar um pouco desta formação, usando o tema do espetáculo, ou seja, a rede de receptores (todos nós), que espiam, nem que seja um pouco a vida alheia nesta sociedade midiatizada. Afinal os temas são híbridos, já que hoje em dia as pessoas usam deste espaço de comunicação , a internet, "convergência total de todos os meios", como vocês já sabem, para uso do entretenimento.


Muito bem... voltando um pouco no tempo em que não existia toda essa tecnologia de hoje, o que o James Stewart podia estar olhando na Janela Indiscreta de seu apartamento? Um assassinato? Um vizinho fazendo as suas necessidades no panelinho? Ou quem sabe ... a melhor de todas um casal transando? Vou deixar na imaginação de vocês. A curiosidade mata não é? E já dizia o velho dito popular a curiosidade matou o gato. Então o melhor que eu posso fazer é sugerir que vocês assistam Janela Indiscreta dirigido por Alfred Hitchcock de 1954.
Agora vocês não acham que observando essa imagem do James olhando através de seu binóculo não é o mesmo que ficar sentado diante do monitor assistindo a vídeos do gênero ou mesmo o Big Brother? O punctum que eu vejo nesta imagem é o olhar irônico e curioso dele por ficar bisbilhotando a vizinhança. Creio que, a curiosidade é o sentido mais poderoso que nós temos e muitas vezes criam nossas próprias armadilhas. Agora, qualquer outro motivo de "olhar" a vida dos outros, não é tão importante se o motivo não for o sexo, propriamente em questão. O erotismo aguça uma curiosidade espantosa no ser humano. Todos os reality shows da vida, estilo BBB, escopofilia na certa, usam deste artifício para sobreviverem na audiência. Sem mulher gostosa, sem cara musculoso, sem gente bonita mostrando seus traseiros não torna atrativo. Mesmo manobrando de vez em quando usando pessoas não muito atraentes como personagens principais (vide o exemplo da Cida do BBB 4), o maior apelo é os gatões e as gatinhas, que quando acaba o programa, existem outros meios de venda de seus corpos...há vocês já sabem não é...? Playboy, G Magazine!
Não resta dúvidas que a imagem do sexo é uma arma poderosa, já que é gostoso pensar em sexo, obviamente gozar é muito mais gostoso, só que existe um prazer maior em comprar a idéia de simplesmente espiar o que os outros fazem. Esse voyerismo é tamanho.Agora eu pergunto: Qual das possibilidades abaixo vocês caros leitores, preferem:
1. Que saibam que vocês os observam?
2. Ou não?
Perguntas íntimas e inquietantes não?
Eu só posso garantir a vocês que é verdade e não mentira, que ultimamente o erotismo é frequente no espetáculo da cultura ocidental, sempre em destaque no cinema americano, nas nossas novelas ( esse bordão Aguinaldiano de descer pelo cano e dançar em cima do queijo, na novela das oito da globo!) e em tantos outros lugares apelativos ou não, o sexo é apresentado principalmente como produto mercadológico capitalista. Todos querem ter a Playboy com a gata do BBB e as mulheres também fazem fila para ver o pinto na G..., sei lá de quem, agora do Rafinha eu acho! Quer dizer, se antigamente só era possível encontrar a pornografia na boca do lixo, hoje ela está disponível em todos os lugares e principalmente nos principais meios de comunicação e nos meios convergidos como a net que antes já foi um binóculo....
Juro para vocês, parece mentira , mas não é... continua...
Rodrigo Mendes

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