A tecnologia é uma extensão do nosso corpo físico, agentes produtores de acontecimentos, mas não agentes produtores de consciência. A hibridização ou combinação desses agentes oferece uma oportunidade especialmente favorável para a observação de seus componentes e propriedades estruturais. De todas as uniões híbridas que geram furiosa liberação de energia e mudança, nenhuma supera o encontro entre as culturas letradas e as culturas orais.
Como já postado no texto: Dos Símbolos a Era da Comunicação em Massa, a alfabetização fonética deu ao homem um olho por um ouvido – e esta é, social e politicamente, talvez a mais radical explosão jamais ocorrida, em qualquer estrutura social.
A partir dessa idéia de energia extraída de corpo e da mente, capaz de pensar nas coisas antes de as produzirmos, é que o homem deu origem a um veículo de comunicação, embora não fosse um veículo de comunicação em massa, foi elemento importante numa acumulação de tecnologias que acabaria levando aos veículos de massa eletrônicos. Poucas décadas depois de sua invenção experiências bem sucedidas foram indispensáveis à criação do cinema e da telegrafia sem fio.
Vocês devem estar se perguntando:
De que aparelho tão maravilhoso ele está falando?
E respondo para vocês caros colegas, esse genial aparelho é o TELÉGRAFO.
O TELÉGRAFO: em torno de 1830, várias descobertas já conhecidas precisavam ser reunidas para chegarmos aos processos do telégrafo. O pintor de retratos Samuel F. B. Morse consegue o que muitos cientistas achavam pouco provável: transmitiu mensagens usando um fio de aproximadamente 15 km de comprimento.
A primeira transmissão oficial ocorre em 2 de maio de 1844 entre Washington D.C., e Baltimore. Toda a evolução do sistema foi colocada nas mãos da iniciativa privada norte-americana, sob o controle de Morse.
Com muitos investimentos um sistema de cabos cruza os oceanos e transmite mensagem telegráfica por fios a partir de 1866. Esta foi o principio da era elétrica instantânea.
Em 1876, Alexander Bell consegue utilizar as bases desse sistema para transmitir a voz humana.
O TELÉGRAFO SEM FIO: O grande impulso foram as demonstrações feitas pelo alemão Heinrich Hertz, em 1888, de existência real de ondas elétricas. O jovem conseguia gerá-las e detectá-las. Cientistas de todo o mundo fazem experiências com base no experimento de Hertz.
Isso faz com que a cronologia “bases para o rádio” que segue aponte diferentes inventores para o telegrafo sem fio, sendo que Marconi conseguiu notoriedade no experimento de Landell de Moura.
O invento era constituído na transmissão traço-e-ponto de códigos telegráficos Morse. Foi o cunho comercial e empreendedorismo de Marconi que lhe garantiram reconhecimento internacional para mostrar o produto de mais de um século de pesquisas.
Suas utilizações entretanto vislumbravam apenas o mundo das embarcações e comunicações entre exércitos, não sendo cogitado o uso social daquelas descobertas, tanto é, que as primeiras transmissões ocorreram em alto mar.
Grupos de investimentos não perderam tempo no desenvolvimento de novas pesquisas que pudessem transmitir a voz humana.
TRANSMISSÃO DA VOZ HUMANA: Em torno de 1906 era moda nos EUA montar receptores de rádio de galena para detectar transmissões de voz. O custo das peças era muito baixo, daí por diante muitos refinamentos aconteceram na arte de transmitir e receber mensagens de voz.
TRANSMISSÕES RADIOFÔNICAS: As novas tecnologias surgiram para reforçar e amplificar os sinais recebidos. O físico norte-americano Lee de Forest, desenvolveu a válvula triodo para amplificação de sinais eletrônicos, os receptores de rádio ficaram mais confiáveis e a clareza dos sinais melhorou.
Em 1916 Lee Forest instala a primeira “estação estúdio” de radiodifusão, em Nova Iorque.
NASCE O CINEMA: os principais contribuintes, de quem dependeu a tecnologia fundamental do cinema, foram na maioria indivíduos cujas descobertas ou criações de aparelhos em busca de soluções para problemas específicos não se relacionavam com isso.
Os principais cientistas visavam desvendar os princípios físicos de refração de luz, a base neurológica da visão humana ou a maneira pela qual era percebida a ilusão de movimento.
A idéia básica é olhar por um pequeno orifício para um compartimento dentro do qual, na parede oposta, há uma imagem fraca e invertida de uma cena externa.
Leonardo da Vinci estudou sistematicamente seus princípios de funcionamento. Suas pesquisas se desenvolveram em um pequeno quarto vedado a luz e no qual os raios vindos de uma cena externa só podiam entrar em um pequeno orifício da grossura de um lápis.
A imagem disposta na parede reproduzia a cena externa, colorida, porem fraca e invertida. O buraco foi aumentado e implementado com uma lente para focalizar e um espelho para inverter novamente a imagem. Essa tecnologia foi muito útil para artistas com problemas referentes a perspectiva e cor na pintura de paisagens; bem como por cientistas para observa eclipses do sol.
Logo esses conhecimentos foram utilizados para projeção de slides, a luz do sol substituída por uma luz artificial, que passava através de uma transparência.
CINEMA MUDO: A apresentação publica do cinematógrafo marca oficialmente a historia do cinema. O som vem três décadas depois no final do anos 20.
CINEMA FALADO: Preliminares de cinema, ainda falhos na incronização de som e imagem. Surgindo somente e,m 1907 o primeiro aparelho de gravação magnética em película que permite sincronização de som e imagem, pelo americano Lee de Forest.
Pessoal aguarde o próximo post...
Abraços,
Marcos Bortolato