segunda-feira, 19 de maio de 2008

ENTORPECIMENTO : TROCANDO IDÉIAS COM O NOSSO CÉREBRO

Concluindo...
Comunicação Comparada, o que mais posso dizer? Hibridismos, dialogismos, transmutações, convergência e convivência entre os meios, aldeia global, era mecânica, extensões humanas, era das imagens, sociedade midiatizada, universo computacional, era digital, geometria fractal e por fim, terminando essa jornada pelo blog, a fixação da crença.
Estamos realmente entorpecidos, não apenas em beber coca-cola ou comer no Macdonald´s, também, mas acima de tudo, estamos dependentes cada vez mais da tecnologia. Sem ela estamos prontos para ter um dia agitado e diferente. O que era a vinte anos atrás, comum falar ao telefone ou mandar um recado por cartas, hoje podemos fazer isso pelo Orkut, E-mail ou Messenger. Essas novas ferramentas disponíveis no meio digital, estão a nosso serviço e sem elas, perdemos uma parte de nós. Com essa promiscuidade entre os meios, e completamente hipnotizados com a extensão do nosso cérebro, me ocorre que, há uma verdadeira crise do real. Eu sinto que tudo é mais fácil de se resolver pelo computador. Fiquei entorpecido e à mercê desta máquina. Há um pouco do Boris em mim e acredito que em todos (vide a trilogia de: TECLANDO COM O PRÓPRIO OCEANO - ). Obviamente que minha blogviagem não passou de uma ficção, mas procurei remeter acontecimentos na narrativa que ocorrem muito no dia -a -dia e a tragédia da personagem pode ser interpretada na seguinte questão: O que faríamos sem os meios tecnológicos que nos dispõem? Ou melhor como ficaria a nossa percepção sem este "oceano" de imagens alfa numéricos que nos faz ficar encantados diante dele? Essa falta de presença física entre as pessoas esta aumentando. Podemos falar com um amigo de colégio que não vemos a anos e revê-lo numa sala de bate papo virtual, como também fazer novas amizades conhecendo o profile de Beltrano no Orkut, pegar o endereço de seu Msn e começar uma amizade ou até mesmo um relacionamento, por este meio.
O computador deixou de ser um veículo exclusivo do Governo e instrumento da Guerra Fria, assim como o Rádio foi da Primeira Guerra e a TV e o Cinema da Segunda Guerra, e passou a ser de uso doméstico, tanto para trabalho como entretenimento. De certa forma o que vimos no curso de História do Rádio e TV, é como eles passaram a ser de uso doméstico, para informar, entreter mais principalmente, entorpecer. A Rede Globo com suas novelas e na sua Sessão da Tarde trazendo um pouquinho de hollywood, fixou no imaginário popular, um falso comportamento de modo que , tal comportamento é digno de algum personagem de novela das seis ou das oito, ou de um típico americano vivendo o seu "American Way of Life". Tudo isso, é uma espécie de lavagem cerebral. Me sinto como uma Laranja mecânica, e acredito que não estou sozinho, sentado numa poltrona, com um carinha jogando colírios em meus olhos e me fazendo ver a arte tentando imitar a vida, sem sucesso, e inconscientemente me faz tentar imitar a arte na vida.
É nostálgico fazer as coisas que lhe são determinadas? Sentimos mesmo um prazer sufocante vivendo nesses novos tempos . O que era antes, um prazer entorpecente tirar uma fotografia com aquelas câmeras que faziam um som assustador ao "bater" a foto e ainda por sinal em preto e branco, em que toda a família se reunia, arrumavam-se e faziam pose para a fotografia, era um evento. Hoje em questão de segundos, tiramos inúmeras poses, com uma câmera digital a qualquer hora, em qualquer lugar e tudo é tão rápido que nem da tempo de pentear o cabelo. E muitas vezes você nem percebe que foi fotografado e já se vê no painel digital. Não há como escapar, há um entorpecimento perante a tudo que o ser humano criou para extender uma parte sua e agora um sentido seu. Quem lê este texto pode acreditar ou não, a escolha é sua. Ficou entorpecido com o que eu escrevi?
Rodrigo Mendes

2 comentários:

**Rita Lima** disse...

Entorpecida??? Magina.... Acho que me senti apenas "abraçada" pela tecnologia.... De uma maneira terna e violenta ao mesmo tempo... A mistura de tudo, a exposição excessiva.... A "proximidade" das pessoas que estão longe... Enfim... Já pensou, Rô, se a gente tivesse que se conhecer pessoalmente da mesma maneira que nos conhecemos via internet??... Imagina... Eu iria chegar na sua frente e começar a tagarelar e tagarelar e tagarelar (como costumo fazer via msn)... Vc não ia entender nada!! Mas não... Pela net tudo é possível!! Nos falamos, trocamos idéias e podemos ser qualquer pessoa atrás dessa telinha... Incrível...

Sabe, eu já te disse isso uma vez maaaas... Eu nem sabia que vc falava, até uns 5 meses atrás... Aí descolei teu msn e descobri que, pelo menos, vc tecla... Depois, constatei que vc fala!! Mas o melhor de tudo nesse meio tempo, foi a grata surpresa que tive ao perceber que, de uma maneira especial e rara: vc PENSA!

Na boa... Espero que ainda tenhamos muuuuita idéia pra trocar!!! Meus parabéns pela bela jornada ao estranho mundo da comunicação "loucamente" comparada!! rssss....

Ôôô parceiro-blogueiro talentoso, sô!! rsss... (depois dessa loucura toda de tecnologia, cai bem uma casa no campo pra compôr muitos rocks rurais... rsss)

Márcio disse...

Temos um crítico...
Fiquei sim entorpecido!