quinta-feira, 22 de maio de 2008

A Conquista da Honra & Iwo Jima




“A Conquista da Honra”, esmiúça, uma das mais marcantes mentiras bélicas cometidas durante a 2a Guerra Mundial: a célebre fotografia dos soldados americanos hasteando a bandeira pátria no alto do Monte Suribachi, durante a sangrenta batalha de Iwo Jima. Trata-se de uma das imagens mais marcantes do conflito, onde cinco fuzileiros e um membro do corpo médico da marinha norte-americana erguem a bandeira que ao mesmo tempo simboliza a tomada da ilha e dá um novo moral a toda a nação.
Publicada em vários jornais, a foto se transforma em sucesso instantâneo, e é imediatamente capitalizada pelos marqueteiros da época, que vêm na bela imagem uma oportunidade única de alardear o sucesso das tropas norte-americanas.
Na cultura da mídia globalizada, as celebridades são divindades fabricadas e administradas, são ícones midiáticos, e deuses e deusas da vida cotidiana. Para se tornar uma estrela é necessário o reconhecimento como uma estrela no campo do espetáculo, mesmo na guerra. Só que para esses soldados da foto, sua popularidade não condizia com a realidade daquele momento, pois, não se sentiam heróis, pelo contrário participaram de um confronto em que milhares de pessoas morreram.
Quando a fotografia se transformou em um instrumento, publicitário, todas as histórias podres que envolveram o fato, mentiras, injustiças e crueldades foram radicalmente escondidas da população.
Esses soldados que ao retornar para os Estados Unidos, tornaram-se celebridades possuem assessores e agentes de imagem para garantir que sejam vistas e percebidas positivamente pelo público.
“A Conquista da Honra” é um estudo sobre a manipulação política do homem comum, a falta de escrúpulos que norteia os donos do poder, e sobre a maneira pela qual a mídia se sobrepõe a todo e qualquer tipo de verdade.


Um abraço,
Marcos Bortolato.

Um comentário:

Márcio disse...

Leitura justa do filme!
Abç